A pequena Amillia não poderia viver e, se o fizesse, só poderia ter seqüelas graves. Quando nasceu, na Flórida, tinha 21 semanas e seis dias de gestação. Pesava pouco mais de 250 gramas e media 24 centímetros – menos do que esta página de Veja. Seus pezinhos eram do tamanho de um clipe de papel. As fotos da minúscula criatura só foram divulgadas em fevereiro, quando ela saiu do hospital onde passou quatro meses, já na condição firmada de o bebê mais prematuro do mundo a sobreviver. Seu bravo
coraçãozinho havia driblado problemas respiratórios e digestivos gravíssimos, além de
uma hemorragia cerebral. Em outubro, ela comemorou 1 ano, com 8 quilos, 70 centímetros e saúde inacreditável para quem tinha todos os prognósticos contra. Por meio de Amillia e da equipe médica que cuidou dela, espelham-se algumas das mais notáveis características humanas: a dedicação à ciência e às suas
aplicações, o impulso de sobrepujar limites, a recusa em aceitar o que parece inevitável. A mãe de Amillia, Sonja Taylor, que havia feito inseminação artificial para engravidar, já a trabalhar como professora primária.
O acompanhamento médico intensivo da menina deu lugar a exames mensais. As experiências mais radicais de Amillia no momento são com o andador.
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